Antes da pandemia, os desafios da transformação digital no varejo já eram uma realidade.
A tecnologia está presente não só no e-commerce, mas em modelos de negócio físicos que também operam em ambientes digitais, desde o pagamento ao relacionamento com cliente.
Dessa forma, é inegável o avanço da tecnologia e as mudanças significativas que ela trouxe para os bens de consumo e serviços.
Isso inclui a produção de autopeças, serviços de mecânica, concessionárias e muito mais.
Entretanto, as mesmas mudanças também alteraram padrões de consumo. Como exemplo temos os serviços de compartilhamento, o varejo online automotivo, o fenômeno dos carros autônomos e super conectados que encantam qualquer motorista.
Neste processo da transformação digital, embora a mudança seja constante, ela é também estrutural para a sociedade. Envolve todas as áreas, desde a educação, saúde, capacitação dos profissionais ao consumo.
Há de se considerar que o comércio físico tem uma grande fatia do bolo do varejo, sendo responsável por grande parte dos lucros da área.
Neste momento, com a pandemia da COVID-19 e as lojas fechadas ou com horários reduzidos, muitas empresas estão avaliando a adoção de modelos de negócios mistos (físico e digital) para sobreviverem.
Embora seja um movimento positivo de avanço para o varejo online, a transformação digital deve ocorrer de maneira estratégica, uma vez que exigirá muito conhecimento e certa paciência.
Haverá impacto grande em processos, estoques, equipes, prazos, publicidade e pagamentos. Entenda mais sobre estes desafios a seguir.
O desafio da mudança de cultura empresarial
Sabe-se que a transformação envolve toda a organização e sua cultura. Afinal, é um processo que abrange tecnologias, rotinas, ferramentas de trabalho e acima de tudo, pessoas.
É crucial que as companhias acreditem numa cultura que recebe bem a mudança. Por isso, missão, visão e valores devem contemplar a transformação digital, falando sobre Cooperação, Inovação, Excelência, Rapidez…
Contudo, na prática, pode-se começar por uma pesquisa dos pontos que podem ser aperfeiçoados no dia a dia com uso da tecnologia e de profissionais inovadores.
Também é importante direcionar gestores, coordenadores e líderes de grupos de projeto para que se adaptem a uma nova postura, mais colaborativa.
Muitas vezes, etapas, processos, SLAs e atividades terão que ser redesenhados ou adaptados para o sucesso dessa mudança. Contratações poderão ser feitas para permitir o progresso dos times.
Mesmo com certa resistência, o que ditará este novo passo é a utilização de dados para elaborar um planejamento que leve em conta aspectos da transformação digital, bem como os novos padrões de consumo e as metas da organização. Veja a seguir alguns desafios da era digital.
O desafio da alfabetização e inclusão digital
Dentre os principais desafios da transformação digital atuais está o de garantir que a população tenha não só conhecimentos de informática, mas saibam fazer uma compreensão crítica da realidade virtual.
Essa visão “freireana” da educação permite compreender que a alfabetização digital vai além do acesso à tecnologia, que é igualmente um desafio em nosso país.
Ela nos obriga, como negócios, a ter habilidade para lidar e usar a informação em múltiplos formatos, e pede aos usuários a mesma habilidade de compreensão.
Desta forma, garantir ao consumidor acesso à informação é fundamental, assim como educá-lo sobre segurança nas compras, golpes com cartões, fraudes e muito mais
Por isso, uma loja que preza por certificados de segurança, facilidade na hora do check out, informações claras e úteis como FAQ, tabelas de medidas, prazos e um bom SAC são muito bem vistas.
Outro ponto a se pensar nesse “furacão da adaptabilidade”, é que, como estamos numa era de Fake News, é sempre de extremo bom senso fazer uma exímia verificação de informações antes de divulgá-las, além de pesquisar fornecedores e parceiros.
Não esqueça: considerar o que é necessário para que seu cliente tome decisões bem orientadas é também uma forma de ajudar durante estes tempos difíceis.
Desafios fiscais e tributários da transformação digital
Sobretudo para empresas migrando seus modelos de negócio do físico para o misto ou totalmente digital, é indispensável uma cautela redobrada com a legislação tributária.
Ostensivamente complexa e muitas vezes de difícil interpretação, as operações nacionais acabam necessitando atenção especial. Isso porque, além de sofrerem constantes alterações, um planejamento fiscal e tributário deve sempre obedecer e relacionar obrigações municipais, estaduais e até federais. No varejo online essa é uma constante, já que você pode escolher expandir sua área de atuação e vender para todo o território nacional.
Mas sem pânico! Há diversas soluções fiscais que podem e vão lhe ajudar a parametrizar sua documentação. Todas elas são fruto das transformações digitais que vivemos hoje e já são bastante usadas.
As necessidades que seu negócio poderá ter são inúmeras. Vão desde a regularização do CNPJ da empresa que pode ser identificado no eCAC (Centro Virtual de Atendimento ao Contribuinte da Receita Federal) à emissão de notas fiscais com facilidade.
Isso tudo, somado ao cálculo de alíquotas, considerando tributos do ecommerce como ICMS, IPI, II, PIS, COFINS, ISS e retenções em operações de entrada e saída.
Ou seja, pesquisar bem o assunto ajuda a reduzir custos e riscos fiscais. Lembrando que você também deve pesquisar sobre o Sistema Público de Escrituração Digital (SPED), um sistema criado pelo governo federal para o recebimento de informações fiscais e contábeis das empresas.
Ele é composto da Escrituração Contábil Digital (SPED Contábil), da Escrituração Fiscal Digital (SPED Fiscal) e da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) e estes projetos facilitam o cumprimento das obrigações fiscais, estimulando o repasse das informações por parte das empresas, dinamizando as fiscalizações tributárias pelo FISCO.
Por isso, apoiamos o uso de um sistema de monitoramento da legislação. Com ele você poderá se concentrar em outras questões como na análise do seu negócio.
Desafios logísticos
Uma breve volta ao passado nos faz lembrar que já vivemos algumas dificuldades extremas relacionadas à entregas nestes últimos anos.
Desde a crise de combustíveis à pandemia, tudo contribui para a conclusão que chegamos agora: é fundamental um planejamento de longo prazo sobre a logística de envio dos seus produtos, principalmente no varejo digital.
Dentre as questões logísticas de uma empresa online, temos:
- o controle e gerenciamento de estoque (armazenagem, separação, expedição);
- o gerenciamento de transporte, rotas e frotas;
- a logística reversa;
- o controle de fluxo de informações e custos.
As opções são inúmeras, desde absorver as necessidades de transporte com equipes e frotas internas, a terceirização completa de setores, além da escolha de softwares de gestão. Em contrapartida, novas tecnologias surgiram para tornar isso possível.
Logo, vemos que a operação virtual ou mista traz desafios, que impactam diretamente na experiência do consumidor com a sua marca.
Outro ponto de destaque é a necessidade de seguir as regras do Código de Defesa do Consumidor. Elas permitem ao comprador o direito de devolução do pedido seja por arrependimento ou outra questão dentro de um prazo pré-determinado, que hoje é de 7 dias contados a partir do recebimento.
Lembre-se: a atenção com sua logística é o que garante a disponibilidade de produtos, bons preços, boas opções de logística reversa simples.
Da mesma forma, ela permite compras sem dificuldades nos momentos das transações financeiras, mantendo sempre o cliente informado sobre o status do pedido.
Por que vale a pena insistir e superar os desafios da transformação digital no mercado Automotivo?
Lutar contra um movimento que todas as áreas da sociedade promove e beneficia-se é ir na contramão do que o setor acredita. Um setor que nasceu da transformação, para facilitar a vida e o transporte de pessoas e produtos.
Dentre as novidades que mostram o quanto vale a pena para o mercado automotivo investir em tecnologias, equipes e processos, podemos citar o surgimento da Cultura do compartilhamento que culminou na mobilidade como serviço (MaaS).
Serviços automotivos por aplicativo surgiram nos últimos anos em todo o mundo modificando reconfigurando todo o setor.
Marcas como Toyota e Nissan pagaram pra ver e apostaram no carsharing, o que traz novas soluções para o transporte público urbano. Seguradoras, empresas de aluguel foram criadas para abastecer este setor.
Outro exemplo? Serviços mecânicos trabalhando junto a aplicativos, como o app Rappi, que oferece troca de baterias.
Na indústria, além da logística integrada, o surgimento de carros conectados, autônomos e elétricos tem proporcionado às marcas uma imensa oportunidade para compreender mais seus clientes, melhorar seus produtos.
Expandir seu portfólio de pós venda também! Celular, painel do veículo e central multimídia tornam-se centrais de serviços perfeitos e possibilitam novos negócios em relação a manutenção automotiva.
Por fim, o varejo, tanto de veículos quanto autopeças tem muito a ganhar. Desde lojas-conceito aos showrooms virtuais, a experiência do consumidor pode ser digital.
Isso diminui, muitas vezes, custos de lançamentos e automatizando muitos processos.
Acha impossível? A Tesla vende carros exclusivamente pela internet.
Superar os desafios da transformação digital atual é também pensar fora da caixa e encontrar formas lucrativas de trabalhar a mobilidade urbana trazendo benefícios para os usuários! Boa sorte!
Ótimo Conteúdo gostei muito. 614270054